quarta-feira, 13 de agosto de 2014


 
A Análise do Comportamento é uma área de investigação conceitual, empírica e aplicada do comportamento. Busca predizê-lo e compreendê-lo, bem como os seus determinantes. Ela procura entender o ser humano em sua interação com o meio.
Ao falar de Análise do Comportamento, deve-se falar também de B. F. Skinner (1904-1990), um importante pesquisador que influenciou sobremaneira a forma como hoje vemos o behaviorismo. Skinner acreditava que o comportamento humano, por mais complexo que fosse, pode sim ser estudado cientificamente, e mostrou em seus estudos que é possível, e plausível, a união de uma ciência do comportamento com fenômenos complexos e subjetivos ao ser humano, como a emoção.
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, emoção consiste numa reação orgânica de intensidade e duração variáveis, geralmente acompanhada de alterações fisiológicas e de excitação mental.
Ao longo da nossa história filogenética, desenvolvemos comportamentos necessários à sobrevivência da espécie, chamados de reflexos inatos. Consistem em alterações no ambiente que produzem uma alteração no organismo, preparando-o então para interagir com esse ambiente, representando um conjunto de comportamentos e relações fixas, involuntárias e automáticas, características de cada espécie, desde a vida uterina. Assim, contraímos os músculos quando tocamos uma superfície quente; salivamos aos entrar em contato com alimentos; e temos também reações emocionais diversas que nos ajudam em determinadas situações. (BORGES & CASSAS, 2012; MOREIRA E MEDEIROS, 2007, RANGÉ & Col, 2001)

Skinner (1974) enfatiza que a emoção não é causal, ou seja, a emoção não é a origem de um comportamento. A “causa” faria parte de uma cadeia, composta pelos elos comportamento, emoção e evento externo anterior. “O elo médio [emoção] pode ser tomado tanto como psíquico quanto como fisiológico. No caso psíquico, argumenta-se que uma circunstância externa faz com que o indivíduo se sinta emocional e o sentimento o leva a encenar a ação apropriada. (p. 176)”.

Um fenômeno de grande complexidade como a emoção precisa levar em consideração os vários mecanismos e eventos que influenciam de alguma forma os estímulos que participam de suas relações. Não é, portanto, apenas uma alteração no organismo. Quando um indivíduo anuncia alguma emoção (estou zangado, por exemplo), traz consigo uma predisposição para agir de maneiras específicas (como emitir respostas de agredir, xingar, ter os batimentos cardíacos aumentados, franzir o cenho – no caso de estar zangado, por exemplo). “Os nomes das assim chamadas emoções servem para classificar o comportamento em relação a várias circunstâncias que afetam sua probabilidade (p. 178)”. É dessa forma, então, que Skinner (1974) relaciona a emoção como sendo uma alteração na predisposição à ação.

Skinner (1974) também afirma que algumas emoções alteram apenas uma parte do repertório do organismo, como simpatia e divertimento, enquanto outras alteram-no como um todo, como tristeza e alegria. Porém, conforme afirma Thomaz (2011), denominações como simpatia, divertimento, tristeza e alegria devem ser usadas com cuidado e parcimônia num contexto de análise do comportamento, pois esses termos podem constituir-se em rótulos, não explicitando todas as contingências que atuam nesses eventos. Skinner (1974) também aponta para isso quando afirma que “as respostas que variam juntas em uma emoção o fazem em parte por causa de uma conseqüência em comum (p. 179)”, o que não indica necessariamente o todo ocorrido.

Foto: A Análise do Comportamento é uma área de investigação conceitual, empírica e aplicada do comportamento. Busca predizê-lo e compreendê-lo, bem como os seus determinantes. Ela procura entender o ser humano em sua interação com o meio.
Ao falar de Análise do Comportamento, deve-se falar também de B. F. Skinner (1904-1990), um importante pesquisador que influenciou sobremaneira a forma como hoje vemos o behaviorismo. Skinner acreditava que o comportamento humano, por mais complexo que fosse, pode sim ser estudado cientificamente, e mostrou em seus estudos que é possível, e plausível, a união de uma ciência do comportamento com fenômenos complexos e subjetivos ao ser humano, como a emoção.
Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, emoção consiste numa reação orgânica de intensidade e duração variáveis, geralmente acompanhada de alterações fisiológicas e de excitação mental.
Ao longo da nossa história filogenética, desenvolvemos comportamentos necessários à sobrevivência da espécie, chamados de reflexos inatos. Consistem em alterações no ambiente que produzem uma alteração no organismo, preparando-o então para interagir com esse ambiente, representando um conjunto de comportamentos e relações fixas, involuntárias e automáticas, características de cada espécie, desde a vida uterina. Assim, contraímos os músculos quando tocamos uma superfície quente; salivamos aos entrar em contato com alimentos; e temos também reações emocionais diversas que nos ajudam em determinadas situações. (BORGES & CASSAS, 2012; MOREIRA E MEDEIROS, 2007, RANGÉ & Col, 2001)

Skinner (1974) enfatiza que a emoção não é causal, ou seja, a emoção não é a origem de um comportamento. A “causa” faria parte de uma cadeia, composta pelos elos comportamento, emoção e evento externo anterior. “O elo médio [emoção] pode ser tomado tanto como psíquico quanto como fisiológico. No caso psíquico, argumenta-se que uma circunstância externa faz com que o indivíduo se sinta emocional e o sentimento o leva a encenar a ação apropriada. (p. 176)”.

Um fenômeno de grande complexidade como a emoção precisa levar em consideração os vários mecanismos e eventos que influenciam de alguma forma os estímulos que participam de suas relações. Não é, portanto, apenas uma alteração no organismo. Quando um indivíduo anuncia alguma emoção (estou zangado, por exemplo), traz consigo uma predisposição para agir de maneiras específicas (como emitir respostas de agredir, xingar, ter os batimentos cardíacos aumentados, franzir o cenho – no caso de estar zangado, por exemplo). “Os nomes das assim chamadas emoções servem para classificar o comportamento em relação a várias circunstâncias que afetam sua probabilidade (p. 178)”. É dessa forma, então, que Skinner (1974) relaciona a emoção como sendo uma alteração na predisposição à ação.

Skinner (1974) também afirma que algumas emoções alteram apenas uma parte do repertório do organismo, como simpatia e divertimento, enquanto outras alteram-no como um todo, como tristeza e alegria. Porém, conforme afirma Thomaz (2011), denominações como simpatia, divertimento, tristeza e alegria devem ser usadas com cuidado e parcimônia num contexto de análise do comportamento, pois esses termos podem constituir-se em rótulos, não explicitando todas as contingências que atuam nesses eventos. Skinner (1974) também aponta para isso quando afirma que “as respostas que variam juntas em uma emoção o fazem em parte por causa de uma conseqüência em comum (p. 179)”, o que não indica necessariamente o todo ocorrido.

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